CONSIDERAÇÕES SOBRE LAÇOS ETERNOS

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(DO CONHECIMENTO DA OBRA À ADAPTAÇÃO TEATRAL)

 

Quando comecei a fazer um plantão semanal, voluntário, na Biblioteca da Federação Espírita do Estado de São Paulo, em 1990, percebi que havia um livro muito procurado e que, por isso, a Biblioteca tinha colocado à disposição dos leitores vários exemplares, para poder atender à demanda. Isso me chamou muito a atenção. Resolvi, então, retirar o livro e levar para casa. Queria ler e entender o porquê de tanto interesse. Esse livro era Laços Eternos, de Zibia Gasparetto/Lúcius.

Varei a noite lendo aquela extraordinária história que me envolveu de imediato. Era difícil fechar o livro sem antes chegar ao final e, até o dia amanhecer, terminei de ler o livro inteiro. Fiquei apaixonada pelos personagens e pela trama. Com meu olhar cinematográfico, televisivo e teatral, logo vislumbrei uma possível adaptação para um desses meios de comunicação. O cinema nacional enfrentava uma época difícil, a televisão estava interessada em temas mais materialistas. Entendi que o caminho era o teatro. Procurei muitos profissionais da área teatral para serem meus parceiros nessa realização. Depois de muito batalhar, sem nenhum resultado positivo, resolvi deixar Laços nas mãos do Plano Espiritual para encaminhamento e parti para outros projetos, ciente de que a minha parte, na tentativa de produção, já havia sido feita.

Depois de meses, eu já envolvida em outros trabalhos, me deparei com uma gravação em minha secretária eletrônica, de alguém interessado em produzir a peça, por indicação de Magnólia do Lago, então proprietária do TBC, a quem eu já havia contatado anteriormente. Logo estavam em minha casa Edmir Russi e Abílio Riva, dois jovens totalmente desvinculados do meio teatral, mas apaixonados pelo livro de Zibia Gasparetto e Lúcius, como eu. Os dois se dispuseram a produzir o espetáculo. E eu me isolei durante um bom tempo para adaptar a obra para o teatro. Começou a partir daí, a fabulosa história do espetáculo teatral Laços Eternos que estreou em 1991, no Teatro Ruth Escobar, e que continua em cartaz até hoje.

Em sua longa trajetória, o espetáculo conta com a dedicação e o trabalho de excelentes profissionais que contribuem para levar um grande público aos teatros onde a peça se apresenta, sempre emocionando e comovendo os espectadores.

ANNAMARIA DIAS

 

 

POESIA FINAL DE LAÇOS ETERNOS

O AMOR UNE

O ÓDIO TAMBÉM

LIGAÇÕES DE ÓDIO SÃO PASSAGEIRAS

AS DO AMOR SÃO ETERNAS.

A VIDA USA A REENCARNAÇÃO

APROXIMA AS PESSOAS

ABRE-NOS A COMPREENSÃO

PARA TODAS AS PARCELAS DA VERDADE

DESENVOLVE NOSSOS SENTIMENTOS

ILUMINA NOSSA INTELIGÊNCIA

FACILITA-NOS A CONQUISTA DA PAZ

AS ALMAS AMADURECEM, CONSEGUEM PERCEBER

QUE EXISTE SÓ AMOR: FORÇA MOTRIZ DA VIDA

FLUINDO DO TODO

EM LAÇOS INDESTRUTÍVEIS PELA ETERNIDADE...

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